O ABSURDO QUASE NORMAL

ABSURDO QUASE NORMAL
Em 2018, foi instalado
no Brasil o regime bolsonarista do absurdo. O intuito, não poderia ser
diferente de todos aqueles que já vimos na história. Mussolini na Itália e
Hitler na Alemanha se vivo fossem, estariam orgulhosos de ver tanta pobreza,
tanta miséria e tanta fome. Aplaudiriam de pé a fila dos ossos, a fila da
pelanca e a caça alucinada por lagartos no sertão nordestino para enganar a
fome. Ririam das crianças embaixo dos viadutos, muitas delas sem seus pais
perdidos para a pandemia e também muitos pais sem seus filhos, separados por
uma política de segregação racista, homofóbica, misógina e higienista. Enalteceriam
nos palanques o uso criminoso da democracia como escada para as sórdidas e
nefastas vontades ditatoriais para se locupletarem. É assim e é isso que
vivemos.
Mudando um pouco o que
disse Winston Churchill, digo hoje que; “Nunca tão poucos tiveram tanto e
tantos tiveram tão pouco.”
A miséria assola o país
que já foi a 6ª economia mundial e que havia saído do mapa da fome nos governos
do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Hoje, a fome já afeta 20 milhões de pessoas e
metade da população está em insegurança alimentar. Isso deveria ser assustador
para qualquer governo de bom senso, mas não é o caso do Brasil onde pessoas
trabalharam para que isso ocorresse. Apregoaram que precisavam salvar o país de
um comunismo nunca visto nem de longe por essas bandas e conseguiram. Acertaram
em cheio a cabeça de 57,8 milhões de incautos doutrinados para odiar um partido
que anteriormente os havia tirado da miséria, da fome e da ignorância.
Conseguiram de novo. Escolheram a jactância, o deboche e a sordidez do
negacionismo como mote para defenderem o absurdo de seu governo e conseguiram
de novo.
O negacionismo não é
simplesmente uma ideologia nem um comportamento. É um crime e como tal precisa
ser tratado e punido. Milhares de vidas foram perdidas por conta desse crime
odioso. Por ele, vivemos o absurdo de assistirmos pessoas possuídas pelo ódio
irem às ruas e aos órgãos de saúde protestarem para não tomarem vacinas contra
uma doença que mata. Parem e pensem um pouco. Todas essas pessoas estão vivas
porque um dia tomaram alguma vacina para se protegerem. Mas o negacionismo é
tão forte e avassalador que chega ao ponto de cegar e mudar a realidade.
Vivemos uma época em
que o Ministro da Saúde do país vai a TV para dizer “É melhor perder a vida do
que perder a liberdade”. É isso que merecemos ouvir de quem supostamente foi
colocado na função para viabilizar caminhos que protegesse a população da mais aterrorizante
pandemia já vista desde a Peste Negra e gripe espanhola nos sec. 14 a 19.
As declarações mais
absurdas tanto do que ocupa o mais alto cargo executivo do país como de
qualquer um de seu staff político é simplesmente ou odiosa ou sem sentido, ou
provocativa ou de deboche mesmo. E tudo é feito devidamente pensado para chocar
e causar ódio a quem gosta de ódio e susto a quem ainda pensa.
Vivemos uma economia de
profecias e nomeação de ministros comemoradas com línguas dos anjos, vivemos a
normalização das mortes, o extermínio dos povos originais sem que nenhuma
instituição se arvore em coibir e tomar providencia de proteção a todos os que
sofrem com essa politica de desmandos e absurdos.
É tempo de pensarmos no
que queremos para nós.
É tempo de pensarmos no
futuro de nossos filhos e netos, do que queremos para quem amamos e nos
irmanarmos em um só pensamento para que possamos trabalhar unidos e organizados
por esse país tão belo, grandioso e rico de toda sorte de beleza, e
graciosidade de seu povo.
Trabalhemos para que
possamos voltar e voltar pra ser feliz de novo.